Fundação Helena Antipoff
A Fundação Helena Antipoff, órgão pertencente ao governo do Estado de Minas Gerais, tem suas origens na história da Fazenda do Rosário, propriedade rural adquirida pela Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais em 1940 com o objetivo de ali instalar uma escola de ensino fundamental e atividades de profissionalização no meio rural para crianças e adolescentes excepcionais e em situação de risco social. Na Fazenda foram sendo instaladas diversas instituições educacionais, com o apoio do poder público, entre os anos de 1940 e 1970, entre as quais a Escola Dom Silvério, oferecendo ensino primário para os alunos da Pestalozzi e da região em torno da Fazenda; cursos de atualização e aperfeiçoamento para professores rurais e para o ensino especial, a partir de 1948; Escola Normal Regional Rural, em 1949; Instituto Superior de Educação Rural (ISER), com o apoio do Ministério da Educação, em 1955. Em 1970, o ISER foi transformado em Fundação Estadual de Educação Rural (FEER), instituição que em 1978 passou a ser denominada Fundação Helena Antipoff.
A Fundação Helena Antipoff passou por diversas reestruturações e ampliou suas atividades na formação de professores para o ensino básico com a criação do Instituto Superior de Educação Anísio Teixeira, em 2001, incorporado à Universidade do Estado de Minas Gerais em 2013.
Atualmente abriga também o Museu Helena Antipoff, que integra o circuito do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), e onde estão preservados os aposentos e biblioteca pessoal de Helena Antipoff (ela viveu na Fazenda do Rosário entre 1955 e 1974, dirigindo o complexo educacional que ali foi sendo construído), reconhecido pela relevância de seu acervo. Constituem também partes do Museu o acervo arquivístico, bibliográfico e tridimensional oriundo das atividades educacionais coordenadas pela educadorarusso-brasileira e das instituições que compõem a Fundação; uma Exposição Permanente sobre a história de Helena Antipoff e das diversas instituições por ela iniciadas; uma Sala de Pesquisa, para acolher pesquisadores interessados no acervo; e uma Seção do Centro de Documentação e Pesquisa Helena Antipoff (CDPHA), articulado à Fundação através de Acordo de Cooperação acadêmica e científica firmado em 1999 entre as três instituições: o CDPHA, a Fundação Helena Antipoff e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o apoio da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Conforme previsto no Acordo de Cooperação, professores e técnicos vinculados à UFMG (Faculdade de Educação, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Escola de Biblioteconomia, Escola de Belas Artes, Biblioteca Central e Centro de Conservação de Bens Culturais Móveis – CECOR) fornecem assessoria técnica ao Museu Helena Antipoff quando solicitado.
O acervo arquivístico, bibliográfico e documental, em processo de organização, está disponível para acesso de pesquisadores interessados. A equipe responsável pelo Museu Helena Antipoff é coordenada por Miriam Aparecida de Brito Nonato (Pedagogja/Especialista em Metodologia do Ensino de História) e Cleuza Glória de Fátima Amorim Oliveira (Licenciada em Letras/Especialista em Alfabetização e Letramento), juntamente com Maria Alice Lopes Braga (Ensino Médio), Simone Batista Pedro (Ensino Médio), responsáveis pela organização, restauração e catalogação dos documentos, e Marilene Oliveira Almeida (professora na Escola Guignard/UEMG, artista plástica/museóloga e doutora em Educação) colaboram para a preservação e divulgação do acervo e do legado antipoffiano.
A lista de publicações da biblioteca pessoal de Helena Antipoff pode ser acessada no seguinte link. Contato e agendamento de visitas ao Museu podem ser feitos através do telefone +55.31.3521-9531 e pelo e-mail museu@fha.mg.gov.br